quinta-feira, 21 de setembro de 2017

PLURIVERSIDADE









    Encontrei em algum blog tão desconhecido quanto o meu: "À medida  que a ciência se insere mais na sociedade, a sociedade se insere mais na ciência"...Tudo está em movimento, até a menor das partículas já descobertas, os quarks, os fótons, nada pára, sinto muito Parmênides...
    Quando vejo as coisas que me circundam, percebo que o que faço quando resolvi voltar a estudar é contemplação. Tudo está conectado, as coisas não se dissociam por vários motivos. Um deles é o de que “coisas” não são coisas. Esse copo de cerveja aqui do lado do computador é um amontoado de átomos, arranjados, dispostos de uma maneira muito específica, poderia ser um sapo, poderia ser grafite ou diamante, mas para minha sorte é cerveja. Melhor, os átomos estão com suas velocidades reduzidas, se chocam menos uns com os outros do que os átomos da minha cabeça ou dos meus dedos digitando isso agora. O resultado? A cerveja está gelada... Isso mesmo, não existe esse negócio de “tá frio pra burro hoje...”, ou “Porra quente do caralho” (quando queimei a língua no chã que fiz). Essa sensação de temperatura na verdade é a maneira pela qual o nosso corpo percebe essa “mudança” na velocidade dos átomos da matéria.
    A transdisciplinaridade está aí, toda vez que levanto e vejo essa cara enrugada no espelho, escovo os dentes, tomo banho, como e saio para mais um dia monótono de uma vida monótona, enfadonha e triste em si... Cada detalhe dessa vida, deste antes de eu acordar, possui tanta informação e pode ser analisada de tantas infinitas maneiras, que é impossível acreditar que esse conhecimento unilateral das coisas vá, de fato, resolver as questões mais importantes e perturbadoras da nossa existência, se é que algum dia resolveremos.
    Se o fizermos, será assim: Diminuindo a contemplação, aumentando a interação... Com essa nova capacidade de integrar o conhecimento do dia a dia, da comunidade, das práxis, empírico, ao conhecimento acadêmico, “validado” testado... Para isso precisamos destruir as Berlins em cada universidade, quebrar seus muros, coloca-los abaixo e apresentar o mundo à esses seres estranhos que vivem dentro dessas masmorras universitárias, apresenta-los à luz, hehehe...
    Então perceba (antes que o caro leitor pense que meu texto se trata de uma colcha de retalhos, produto do fato de eu estar, neste exato momento, dividindo minha atenção entre o teclado e a minha caneca de chopp) que o universo das coisas que conhecemos é imenso, mas não se compara à vastidão das coisas que ainda NÃO conhecemos (e isso vale para os conhecimentos já postos, tidos como certos, vistos como pilares, como pisos nos quais podemos sustentar nossa frágil laje). O conhecimento transdisciplinar é o futuro (pode apostar, tô dizendo), meu esforço particular é o de desenvolver uma tese que transite entre diversas áreas, desafio que pretendo dar cabo, até o fim da minha existência. Propósito é a mais doce bebida com a qual um homem pode se embriagar...









P.S.: Adorei o fim abrupto da minha explanação... :P




O que aprendi com Anísio Teixeira






Saco vazio não para em pé... Maslow explica.
Vivo falando de Maslow, em tudo que explano. Quem me ouve deve estar de saco cheio, contudo não consigo fugir disso. Olha, ele, em minha opinião, traduz bem o que somos no final das contas: animais. É isso, somos animais p’ra começo de conversa, e p’ra fim de conversa também...
“...uma necessidade frustrada motiva mais o comportamento que uma necessidade satisfeita...” (adaptado da obra original)
   Então meu caro leitor (Faço isso sim, começo um parágrafo com uma conjunção!), antes de pensar em amor, precisamos estar de barriga cheia! Fato, FataÇo... A teoria da hierarquia das necessidades de Maslow se aplica à quase tudo na nossa vida diária. Veja que ela é conhecida como “Pirâmide de Maslow” justamente por que as necessidades mais urgentes” ficariam ali na base da pirâmide, daí serem chamadas de necessidades “básicas”.. :P ... Então, bem, veja, EDUCAÇÃO é crucial para que o indivíduo adquira autonomia, mais que isso, dignidade, sim, dignidade...  Oferecer educação, garantir que todos tenham acesso à ela, independente da condição social é acender uma vela em um caminho tortuoso e escuro, é oferecer o mínimo de chance de se defender contra os predadores que espreitam à cada esquina, à cada palmo à frente, é dar perspectiva, não é garantia de nada, é fazer do humano um humano, lhe dar, como já disse e não me canso, dignidade.
Conseguir ter Uma educação livre de privilégios e acessível à todos é "a-mostra" da nossa capacidade de evoluir como espécie.
Uma mente que se expande para uma ideia nunca retorna ao seu estado original. Há a necessidade de se pensar "fora da caixa", refletir sem utilizar os moldes oferecidos pelas classes dominantes, para adquirir espaço e empoderar-se do próprio espaço para decidir conscientemente, dirigir a própria existência...!



Foto retirada de: https://conceitos.com/wp-content/uploads/2014/07/Pensamento.jpg

O peso das coisas

    Chegando no fim do quadrimestre, a faculdade fica vazia, eu fico nostálgico com tudo o que aconteceu, com as coisas que se foram, ...